Dr. Luiz publica novo artigo sobre preconceito contra pessoas com obesidade

Caros pacientes,

Recentemente, fui convidado a escrever um artigo para a revista da ABESO, edição número 126 (julho-agosto-setembro de 2024), no qual discuti, em colaboração com Raquel Muniz, o estigma da obesidade na América Latina. O tema é de extrema importância, pois entender como o preconceito em torno da obesidade afeta nossa sociedade pode levar a melhores resultados de saúde para aqueles que convivem com essa condição.

 

Por que precisamos discutir o estigma da obesidade?
A obesidade é uma doença complexa, que vai muito além das concepções simplistas e preconceituosas. O estigma associado a essa condição leva frequentemente à discriminação, tornando-se uma questão de direitos humanos. Estudos mostram que até 40% dos adultos com obesidade relatam terem sido discriminados por causa de seu peso, especialmente mulheres e pessoas com IMC mais elevado. Na América Latina, há uma necessidade crescente de abordarmos o estigma da obesidade, que é pouco explorado na literatura científica focada em nossa região.

Principais achados sobre o estigma na América Latina
Embora ainda escassos, os estudos realizados na América Latina destacam que o preconceito com o peso ocorre em vários contextos, incluindo ambientes de saúde e escolas. No Brasil e no Chile, por exemplo, observamos estigmatização desde estudantes da área da saúde até profissionais estabelecidos. Essa discriminação pode fazer com que as pessoas evitem consultas médicas e afetar diretamente sua saúde mental e física, aumentando a incidência de depressão, ansiedade e até o risco de doenças cardiovasculares.

A World Obesity Federation recomenda que o tratamento da obesidade seja focado na pessoa, evitando uma abordagem centrada apenas no peso. Incentivar práticas de saúde que não se concentrem exclusivamente no IMC ajuda a reduzir o estigma e promove uma visão mais ampla e humana da saúde.

Nosso compromisso
No nosso consultório, estamos comprometidos em tratar a obesidade com respeito e empatia, utilizando uma abordagem baseada em evidências e centrada no bem-estar integral do paciente. Combatemos o estigma e a discriminação para proporcionar um ambiente acolhedor e focado na saúde de cada pessoa.

Vamos trabalhar juntos para promover uma compreensão mais inclusiva e respeitosa sobre a obesidade. Discutir o estigma é o primeiro passo para promovermos mudanças significativas e alcançar melhores resultados para todos.

Atenciosamente,
Dr. Luiz F. Viola

Dr. Luiz Viola

Participe! Deixe um comentário.

Assine nossa newsletter

Se cadastre e receba conteúdos relevantes por email.

× Agendar Consulta